Por Lu Dourado
"E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim..."
(Caio F. Abreu)
Eu tenho essa mania ridicula, essa doença de achar que as coisas podem durar muito mais do que elas realmente devem durar. (Pra sempre, jamais. Nada é pra sempre. Isso eu aprendi.)
Mas eu sigo completamente encantada por você, com tudo isso que você é e o resto que ainda não descobri.
Também te odeio, depois te desejo e te quero.
Eu ja tentei colocar pontos finais nisso. Mas meus pontos finais tem o péssimo costume de virar reticências...
É uma saga que continua todos os dias e termina todas as noites. Nada me rouba desse sentimento que eu nem sei o que é (se for alguma coisa).
Vai ver que eu preciso tanto sentir, que eu me prendo, assim, só pra não ficar sem, por medo de sentir um vazio, sabe? Deve ser horrivel a sensação do vazio.
Tentar me manter longe, só te mantem mais perto.
E quando minhas outras dores começam a me incomodar, surge você e essa "dor" que você causa. Contraditório dizer que você me causa dor. Porque você aparentemente é cura!
Eu sou covarde e fujo de todos os caras que querem me roubar de você. Não me importa com quantas você saia e com quantas esqueça da minha existência, eu não posso te deixar. Tenho sido fiel e você nem sabe. Nem precisa saber.
Tenho medo de você realmente não se importar mais, esquecer que eu passei por tua vida, medo de eu não pensar mais em você (porque eu gosto de pensar em você), medo dessas tais musicas não tocarem mais.
Eu tenho medo de não sentir tua falta.
Fico pensando como pode ser começar uma história sem você por perto. Ter que pegar uma página em branco e escrever qualquer coisa em que eu não possa citar você.
Não dá. Eu prefiro esses rascunhos, essas coisas que eu escrevo, reescrevo e confiro com medo de te assustar com minhas palavras.
Nunca fui do tipo acomodado, que não reclama e não protesta. Não me desce a idéia de ter que aceitar a vida como ela é. Eu tento seguir o tempo, já que ele não para, mas estagnei.
Você parou em mim e eu que sou fraca por não conseguir nenhuma mudança, por não buscar resultados melhores, por não tentar te fazer bem como você me faz e nem sabe.
Já que nada sai do jeito que eu quero, passo a não querer mais nada. Paro de me importar, porque quem se importa faz alguma coisa. E eu não faço nada.
Isso é coisa minha. Você nunca me deu sinais de querer que eu fique, mas te deixar de vez é minha missão impossível. Você é o tipo de pessoa que em mim, é capaz de deixar marcas que não saem nem que esfregue. Sei que vou ser obrigada a tirar você de mim a força, mas vai ficar tudo bem. (eu acho)
Mas entro em pânico ao pensar que a vida vai seguir, que eu vou ser mais alguem que você conheceu, que eu vou parar de lembrar de você.
Mas eu sou forte! Meu coração é valente e eu tenho um sorriso que sobrevive.
É um machucado no joelho. Não uma perna quebrada!
"Nós somos um — esse que procura sem encontrar e, quando encontra, não costuma suportar o encontro que desmente sua suposta sina."
(Caio F. Abreu)